segunda-feira, 30 de agosto de 2010

JUVENART 2010

PARABÉNS VICTÓRIA SAMPAIO!
CAMPEÃ ESTADUAL SOLISTA VOCAL NO JUVENART 2010 QUE ACONTECEU NESTE ÚLTIMO FINAL DE SEMANA.
"QUERER É PODER" E TU QUIS, ISTO É O MAIS IMPORTANTE!
ESTAMOS MUITO FELIZES COM A TUA VITÓRIA, VICTÓRIA!
BJÃO!

domingo, 29 de agosto de 2010

IRRETOCÁVEL...

Tenho cabelos pintados, para esconder os fios brancos.
Tenho algumas rugas em volta dos olhos, mas também, não me recordo quando elas começaram a aparecer. Tento disfarçá-las, tantas novidades no campo de dermatologia, achei por bem aproveitá-las.
Do corpo não cuido quase, até pensei em entrar para uma academia, os médicos dizem que na minha idade preciso de exercícios, mas não gosto de fazer ginástica.
Das minhas unhas cuido semanalmente, penso que elas são uma porta de visita. Unhas maltratadas causam uma péssima impressão.
De alguns anos para cá descobri os cremes e aí compro um aqui, outro ali e no final uso pouco, mas compro, só de olhá-los na prateleira já percebo que as rugas se retraem. Sou assim vaidosa, mas não sou em excesso, penso que sou na medida certa, na medida correta para uma mulher.
Enfim os anos passam e as marcas que eles deixam em nós, não têm como conter. Nem pretendo isso. Acho que cada marca que meu corpo carrega tem uma linda história.
Às vezes me pego na frente do espelho descobrindo uma nova ruguinha e já me coloco a pensar o que a causou. Depois encontro com outra que já está lá vincada há anos e me recordo que ela apareceu quando perdi alguém muito importante.
Poderia enumerar também a história de cada fio de cabelo branco. Foram filhos, marido, neta, amigos que colocaram eles ali.
Atualmente à parte que merece mais atenção minha tem sido a cabeça. Tento todos os dias colocá-la no lugar, e equilibrá-la com sonhos e alegrias.
Não escondo minha idade, não adiantaria falar que tenho 35 anos e apresentar uma filha de 26 anos e mais as gêmeas de 20 anos.
Portanto eu confesso, tenho 48 anos. Metade deles bem vividos, e outra metade muito sofrida. Mas é exatamente aí que está o encanto da minha idade. Conheci de tudo um pouco, das lágrimas aos sorrisos e ambos me fizeram ser essa pessoa que sou hoje. Ficaram as rugas no rosto e na alma, mas também ficaram sorrisos em ambos. Minhas rugas mais bonitas são aquelas marcas de expressão que eu adquiri por tanto sorrir, muitas vezes, quando o coração chorava... (Silvana Duboc)- adaptado por mim.

TEXTOS QUE ENCONTREI NA INTERNET- 2



Feliz idade
Foi realizado em Madrid o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 40 anos.
Quem participou deste encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo?
Não sei, mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas quando são questionadas sobre o assunto, dizem: “não existe felicidade, existem apenas momentos felizes”.
Era o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem que me puxassem pelos cabelos.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar sempre camisinha (e continuar usando), dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos.
Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila.
É o apocalipse!
Felicidade onde está você?
Aqui na casa dos 40 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um pouco justo para o que se ganha em troca.
Pense bem: depois dos 40, você paga do próprio bolso o que come e o que veste.
Vira-se no inglês, no Francês e no italiano e ai de quem rir do seu sotaque.
Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila hippie por uma de notebook e não precisa de autorização de ninguém para assistir ao canal de playboy.
Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas no berço: ter uma profissão, casar e procriar, passou a ser livres, a escrever a nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter certo carinho por nossos defeitos.
Somos os titulares de nossas decisões.
A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta.
A maturidade sim permite certa loucura.
Depois dos 40 conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes.
Alguém discorda?

(INTERNET)  – Autor desconhecido)
http://www.culturamania.com.br/?page_id=923


MEUS TEXTOS...2


2) Minha vida teve muitos “altos e baixos”, como acontece com todas as pessoas...Não sou uma vítima, sou apenas mais uma que tem histórias para contar...tenho na lembrança muitos fatos...e decidi colocá-las no papel.
O que vou relatar agora se passou em dezembro de 1969...
Mas antes quero que saibam que meu pai nasceu no dia 26 de dezembro de 1935, mas minha avó paterna gostava de mencionar que ele teria nascido na noite do dia 25, pois moravam na zona rural e não existiam relógios por lá, então, conforme ela dizia, não tinha passado da meia noite, porém meu avô afirmava que já era madrugada do dia 26; divergências pra lá... Divergências pra cá... E ele foi registrado no dia 26, afinal valia muito a palavra do patriarca! Entretanto como toda mulher da minha família, teimosa e turrona, minha avó decidiu comemorar o aniversário dele no Natal, isto era sagrado, inclusive o nome dele era João Natalício.
Talvez seja por comemorarmos o nascimento dele nesta data que tenho muitas lembranças de fatos ocorridos no Natal, porque a presença do meu pai na minha vida é muito forte, está muito viva, e sentirei isto eternamente!
Mas como estava dizendo... O Natal de 1969 ficou marcado na minha memória.
Nesta época era apenas três irmãos, eu, meu irmão mais velho Carlinhos e minha irmã Josie. Como todos os anos, meu pai preparou a ceia, os presentes e tudo aquilo que ele achava importante para comemorar o nascimento do menino Jesus, e é claro, o seu aniversário! Comprou vários presentes, levamos quase toda à noite para abri-los, tamanha era a quantidade. Meu irmão corria pelo pátio... Não sabia se montava seu cavalo de pau, jogava com sua bola nova ou brincava com o carrinho novo que tinha ganhado... Era tão engraçado ver a felicidade dele! Já eu e minha irmã ganhamos uma casinha completa: sala, uma cozinha e quarto, sem falar das bonecas, a minha coloquei o nome de “Linda” e minha irmã de “Beth” na sua boneca que, me lembro bem, tinha o rosto redondo e o cabelo ruivo.
Não esqueço que passamos uma noite inteira brincando e fazendo comidinha para as nossas bonecas, quando desmaiamos de sono já clareava o dia!
Como amava o meu pai... Ele nos fez as crianças mais felizes do mundo! E tenho certeza que ele também ficou muito feliz de nos ver assim, tão sorridentes e agradecidos.
Estou escrevendo e na minha frente está passando toda aquela cena... O Natal mais feliz da minha vida!
Pois é... Quantas coisas aconteceram na minha infância...
Logo em seguida fomos morar em outra cidade, meu pai precisou transferi-se por motivos de trabalho, e lá fomos nós... Trocamos de colégio, de amigos e ainda tivemos que trocar um pátio enorme por um apartamento, mas fazia parte e nos adaptamos logo, já que o importante era ter a família unida e junta.
As coisas complicaram um pouco, devido a uma crise política, o emprego do meu pai que era público sofreu alguns percalços. Ele ficou alguns meses sem receber e por isso adquiriu algumas dívidas; o pouco dinheiro que tinha, vinha da nossa antiga morada, a qual ele havia alugado, e consumiam-se tudo em alimentação. Não foi uma fase boa para meus pais... Lembro que escutava entre as paredes, conversas que confidenciavam um com o outro. Meu pai preocupado, com lágrimas nos olhos... Eu tinha vontade de aproximar-me e perguntar no que eu poderia ajudar; porém, quando chegava perto ele disfarçava, sorria e mudava de assunto.
Aproximou-se o Natal e era nítida a preocupação dele, afinal como ele iria comemorar esta data e presentear os filhos que falavam, pela casa, nos presentes que iriam ganhar!
Ele ainda tentou, saiu para tentar um crediário, mas todos sabiam da situação do setor público onde ele trabalhava, e lhe negaram o crédito. Lembro do seu rosto quando chegou a casa, nos chamou e falou que naquele Natal, talvez Papai Noel não passasse na nossa casa, que tinha acontecido uns pequenos problemas, mas que no próximo ano ele prometia que seria o melhor Natal de nossas vidas! Nós como qualquer criança, não acreditamos e ficamos esperando uma misteriosa surpresa!
Chegou à noite de Natal e não houve entrega de presentes... Pensamos: quem sabe ao amanhecer, sairíamos da cama e o Papai Noel teria deixado um monte de coisas bonitas, mas o que vi foi meu pai com os olhos vermelhos e mesmo assim com um sorriso no rosto, nos dizendo:- Feliz Natal meus filhos!
A princípio fiquei triste, mas como toda criança  tudo foi esquecido com uma brincadeira, ficou no fundo da minha memória... Como um fato triste que aconteceu, porém tenho certeza que foi mais triste para ele.
Hoje eu entendo o quanto foi difícil para meu pai... Mas nunca deixei de amá-lo e o tenho como exemplo, de amor, dedicação e fibra.

Escrito em: 13 /nov / 2007

A FORÇA DOS NOSSOS PÉS

A força dos nossos pés...
Desde o dia que tu nasceste eu criei a ilusão, dentro de mim, que poderia caminhar por ti.
Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranqüilos e seguros.
Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais se cansaria da caminhada nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar...
Isso seria eternamente minha responsabilidade.
...E foi assim durante um bom tempo, caminhei por ti e para ti.
De repente, o tempo veio me avisar bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.
Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus, daí quando eu menos os esperava escorregaram e alcançaram o solo.
Hoje sou obrigada a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só raríssimas vezes consigo.
Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus e em certos momentos teus passos são tão largos que quase não posso acompanhá-los.
Atualmente, assisto aos teus tropeços sempre prontos para levantar-te das tuas quedas.
Por vezes, tu me estendes as tuas mãos em busca de socorro, outras, mesmo estando estirada ao chão e ferida, insistes em levantar-te sozinha, por puro orgulho ou para me provar que já és capaz de curar-te de tuas próprias feridas.
Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para conduzi-la, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés, do que sobre meu coração.
No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.
Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisaste mesmo desbravar teus caminhos independentes de mim...
...Como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.
Não, claro que não é uma tarefa fácil, mas se eu consegui, tu também conseguirás porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso... O “AMOR”!

MULHERES.

Pesquisando textos para montar meus trabalhos que realizo no Tradicionalismo, encontrei este texto de Pompeu de Mattos.
Achei muito interessante, pois é uma grande homenagem a nós mulheres.

Sr. Presidente, Srs. Parlamentares:
O último sábado foi o Dia Internacional da Mulher, e, portanto, ocupo esta tribuna hoje, para prestar minhas homenagens ao papel importante da Mulher na história, na cultura e no cotidiano da sociedade brasileira e mundial.
Como gaúcho, peço licença para destacar e homenagear a figura da mulher na história do Rio Grande do Sul, Estado tido por muitos como machista. O paradoxo deste estigma injusto é que o Rio Grande do Sul é um dos poucos estados do país que é governado por uma mulher, nossa colega Deputada Yeda Crusius.
Na história do Rio Grande do Sul a figura feminina é um elemento singularíssimo; independente da etnia ou classe social que representa. Manifesta-se com uma presença forte e batalhadora, que não costuma baixar a cabeça e submeter-se a situações onde fique rebaixada ou inferiorizada.
A gaúcha acostumou-se com o sofrimento, mas sem jamais se dar vencida a ele. Muito pelo contrário, encontra nas dificuldades motivo de força e resistência. Considerada prescindível nos períodos de revolta, a mulher participa ativamente dos episódios históricos do Rio Grande do Sul.
Obrigada a sofrer calada durante mais de duzentos anos de combates e revoltas, estas viram partir para guerras seus pais, irmãos, maridos e filhos. Ficando com a obrigação de cuidar da casa, dos filhos pequenos e filhas moças, da criação e plantação. Não precisamos procurar muito para chegarmos a esta conclusão: se os homens válidos estavam envolvidos diretamente nos entreveros, a quem ficaria delegada a missão de manter de pé as estruturas familiares e, inclusive, econômicas do estado?
A mulher gaúcha levou em suas costas por uma infinidade de vezes toda a responsabilidade de manter o Rio Grande ativo enquanto seus homens emprestavam suas forças a causas políticas. Muitas vezes elas assumiam também o papel de soldado, pois ficando desprotegida a casa, a elas caberia a responsabilidade de proteger os bens e a integridade da família.
Não podemos esquecer que a mulher sempre trabalhou nas estâncias, assegurando a economia do Rio Grande do Sul, enquanto seu pai, esposo e filho saíram para defender as fronteiras e os ideais rio-grandenses.
Dentre tantas grandes mulheres, que se destacaram no cenário Rio-grandense, em defesa das nossas fronteiras, destacamos a Marquesa de Alegrete: heroína anônima, nobre pampeana, que em 14 de janeiro de 1717, na Batalha de Catalan, ao lado do esposo Marques de Alegrete – Luiz Telles de Caminha e Menezes e do filho, ajudou a escrever, com sangue suor e lágrimas, a história das batalhas entre Portugal e Espanha, servindo como enfermeira, mãe e até soldado, na demarcação de fronteiras do nosso pago gaúcho. A história também registra a mulher farroupilha do decênio heróico, que foi a mulher que, de uma forma ou de outra, figurou na história oficial do decênio heróico. Dentre elas, citamos Anita Garibaldi (Ana Maria de Jesus). Mulher intensamente feminina, ativa, forte de ânimo, de decisões rápidas, uma exímia cavaleira, que despertou em Giuseppe Garibaldi um fortíssimo sentimento, mesmo nos poucos contatos, que tiveram em Santa Catarina, quando da invasão de Laguna pelas tropas farroupilhas, além de Maria Josefa da Fontoura Palmiro, que promovia reuniões políticas em sua casa, em Porto Alegre, em apoio a Bento Gonçalves e aos Farrapos, também defendia a libertação dos escravos e tantas outras.
A participação da mulher foi de fundamental importância no contexto da formação histórica, social e cultural do Rio Grande.
A Revolução Farroupilha colocou a mulher num encontro ingrato e arriscado com a vida, porém, por mais ameaçadoras, que se tenham apresentadas as circunstâncias, ela sempre soube manter-se firme: quanto mais a situação era adversa, mais a mulher soube se transformar na forja sagrada das convicções do herói farroupilha.
A mulher guerreira ficou conhecida por "vivandeira", a "china de soldado", foi a mulher, que acompanhou as tropas em seus deslocamentos e permaneceu nos campos de combates cuidando do soldado.
A mulher estancieira foi a mulher, que permaneceu na estância, administrando as lides campeiras e domésticas, tomando conta do lar, dos filhos, da estância e cuidando dos negócios do homem ausente, que rezava pelos vivos e chorava os mortos. Era, aos olhos de Deus e da sociedade patriarcal – a mãe, a esposa, a filha – permanecendo em casa, aguardando ansiosa o desfecho da guerra e o retorno do guerreiro.
Muitas foram as heroínas desconhecidas, que lograram entrar na história, que só agora recebem reconhecimento, como Caetana, esposa de Bento Gonçalves da Silva e Elautéria, mulher de Manuel Antunes da Porciúncula.
Foi neste dificílimo momento, que o valor da mulher farroupilha foi testado, fazendo com que seu coração vivenciasse as inúmeras novas circunstâncias, levando a sujeitar-se às necessidades, aos infortúnios, mas ela foi competente em sua função, incansável no desempenho do seu papel. Encantadora e generosa, companheira, não se deixou arrastar por convicções derrotistas, deixando na história um admirável perfil, abrindo perspectivas esplêndidas de esperança para seu companheiro, com admiráveis e imprescindíveis fatores decisivos e determinantes da inacreditável persistência dos farrapos.
A mulher farroupilha, com seu sentimento de compreensão e solidariedade, muito auxiliou o desenvolvimento da semente da República Rio-grandense, fazendo frutificar, em heroísmo, a alma da gente farroupilha. Ela soube avaliar e enfrentar o perigo, não para receá-lo e sim para combatê-lo. Esta foi a mais sublime e valorosa lição feminina, raramente descrita com a merecida justiça e homenagem dos pósteros.
A mulher sempre promoveu a mais iluminada unidade de fé, auxiliou a compor as mais importantes páginas da história gaúcha, em meio a grande destruição, acreditou e fez acreditar, que sempre se salva algo dignificante da vida.
Inúmeras foram as heroínas anônimas, que, cuidando dos filhos, dos interesses familiares e da economia do Rio Grande, deram ânimo, apoio e acreditaram nos anseios farroupilhas.
Voltando o olhar sobre nosso heróico passado, constatamos que, mesmo durante o dramático e sangrento decênio farroupilha, o homem nunca esteve só: a providência divina colocou ao seu lado uma grande parceira de lutas e fiel companheira. A transformação política, social, econômica e tecnológica chegou ao Rio Grande do Sul, levou a mulher gaúcha, a prenda tradicionalista sair às ruas, buscar seu espaço, independência e melhores condições de sobrevivência, porém conservando intacto o seu sentimento pela tradição gaúcha de apego a família e amor ao semelhante. É para ver que com todos os problemas que cercam estas belas criaturas elas constroem histórias, e conquistam o mundo. Fazem de suas vidas um aprendizado, com graça, força e sensibilidade transformam tudo a sua volta.
Não é à-toa que estes seres de luz conquistam seu espaço no mundo de negócios, da arte, da política..., pois como diz o escritor Luiz Fernando Veríssimo elas não são humanas, são espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós. É a comunicação direta com Deus!
O que cabe a nós simples homens, é abrir espaço e deixar que elas busquem seus ideais, conquistem os mais elevados cargos, que governem, que eduquem, estejam sempre em níveis de destaque. Porque sabemos que sua força, unida com o seu equilíbrio e delicadeza são capazes de remover montanhas e tornar o mundo melhor.
Deixo aqui minha humilde homenagem a todas as mulheres, que vem a cada dia dando demonstração de garra e atitude, e que fazem ao nosso lado a história desse país.
POMPEO DE MATTOS
Deputado Federal

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MARCOS LÁZARO E MIGUEL BRASIL.


Dia 04 de Setembro será um dia de "Arte e Talento" em Santa Maria.
Miguel Brasil e Marcos Lázaro, estarão juntos fazendo show em nossa cidade.
ÁS 16 horas no Shoping Popular de Santa Maria, na Praça Saldanha Marinho e a noite, ás 21 horas no CTG Farroupilhas, no Bairro Itararé.
Vale a pena conferir,pois estes dois artistas trazem na alma a sensibilidade e o amor pela música, nos brindando com lindas canções em seu repertório!
Parabéns a esta dupla!

domingo, 22 de agosto de 2010

REGIONAL DO ENART DA 13ª RT

CAROLINE VIEIRA
CAMILA VIEIRA
VICTÓRIA SAMPAIO
JAYRANY DE BRAGAS
CLAUDINHA DE BRAGAS
IGOR GREFF
IAGO GREFF
BERNARDO VARONE

No dia 11 de Julho aconteceu a nossa Regional, da 13ªRT, na Cidade de São Martinho.
Foi repleto de talentos na Dança, Solista Vocal, Declamação, Danças de Salão, Chula entre outras modalidades.
Mas eu estou muito feliz em especial com a "minha galerinha", que está classificada para a INTER-REGIONAL DO ENART, NA MODALIDADE SOLISTA VOCAL, que acontecerá nos dias 25 e 26 de Setembro na cidade de Frederico Westphalen-RS.
Quero desejar toda sorte do mundo pra vocês e vamos lá "CANTAR E ENCANTAR"!
Parabéns pessoal pela classificação! Amo vocês!








MEUS TEXTOS...1

1)Meu nome é Mara Vieira, tenho 45 anos bem vividos... Ou será que penso que foram bem vividos?
Na realidade sei que poderia ter feito muito mais, por mim principalmente, quem sabe hoje não estaria com este vaziozinho no meu coração... Sentindo saudades daquilo que nem sei se tive ou poderia ter...

Acho que o começo desta história deveria ser assim: Meu nome é Mara Vieira, tenho 45 anos “
Quase bem vividos “...
Nasci em uma família hilária, onde todos os integrantes têm um pouquinho de louco, mas adoráveis; e mesmo com toda loucura, um amor estranho e ao mesmo tempo lindo, nos leva a ficar unidos para todo o sempre! Lembro do meu pai, tentando fazer piadas e caretas para tornar os seus filhos felizes, tentando mascarar as dificuldades e tropeços da vida. Lembro dele, nos fazendo pensar que tudo se resolveria com um gesto de amor ou um frango assado por ele mesmo, temperado com muito carinho e risos... Lembro também de um natal que ele cansado do trabalho, chegou tarde para iniciar a ceia, e eu e meus irmãos com os olhinhos cheios de expectativas, esperávamos o nosso salvador, que iria preparar o jantar para o natal... Minha mãe e minha avó que estavam à espera ficaram de mau-humor e foram dormir nos forçaram também a ir para a cama... E meu pai, insistindo, pensando que não poderia decepcionar seus meninos, arregaçou as mangas e iniciou um delicioso churrasco. Lembro como se fosse hoje... O cheiro do assado começou a entrar pela porta, era irresistível! Eu rezava que minha mãe repensasse e nos mandasse levantar para fazer companhia ao meu querido assador... Será que ela não permitiria que eu me deliciasse com um pedaço de carne assada? Fiquei com raiva dela... Mas... Deus me ouviu e aos poucos todos foram levantando devagar... Chegando até a porta... E acabou tudo em uma grande risada, meu pai disse: eu sabia que não resistiriam ao “meu assado”! E aquela risada permanece até hoje no meu ouvido, fecho os olhos e vejo aquele rosto tão querido sorrindo!
E é por isso que amarei meu pai eternamente, porque só mesmo uma pessoa como ele, para suportar o mau-humor da esposa e da sogra, que ao invés de começar os preparativos esperou por ele, e ainda o criticou pela demora... Mas eu sei o quanto ele amava a família e passava por cima de tudo para nos ver felizes.
Hoje fico pensando... Como uma criança tem pensamentos inocentes... Eu estava interessada em degustar aquele “maravilhoso assado”, mas se eu soubesse naquele momento que, alguns anos depois, meu pai partiria tão cedo, eu com certeza, teria fugido do quarto e o abraçaria dizendo... -o senhor não vai cear sozinho, estou aqui para lhe fazer companhia e juntos vamos comemorar esta data!
Nesta vida deixamos de fazer muitas coisas, dais quais nos arrependemos mais tarde... Por isso o vazio... Tudo é apenas uma lembrança com gosto de quero mais!

Escrito em: 12 / nov / 2007
Por algum tempo escrevi meus textos e os mantive apenas em arquivo; não tive coragem de expor, fiquei pensando que eles eram pessoais demais e que desta forma estaria colocando meus sentimentos a público.
Mas confesso que ao mesmo tempo gostaria de compartilhá-los, então fiquei escrevendo, escrevendo por quase três anos esperando o momento em que teria coragem.
Pois bem... Acho que chegou este momento! Criei um blog e nele pretendo colocar tudo que fizer parte da minha vida, e isto inclui os meus textos, que chamo de: “SENTIMENTOS DE HOJE”!
Talvez algumas pessoas tirem conclusões a meu respeito, talvez entendam de uma forma trágica os acontecimentos na minha vida; mas não é assim, apenas coloquei sentimentos diários no papel, às vezes eu estava triste, outras melancólicas, mas também teve dias que eu estava feliz, porém sempre refletindo os fatos que foram acontecendo no meu dia-a-dia.

Escrito em: 22 de ago de 2010

Minhas "Estórias"!

"Um dia eu vi uma vaca voando, mas sinceramente, eu estava sonhando, vacas não voam. Pelo menos não na vida real, e isso aqui é uma estória, portanto falo o que quero, sim, um dia vi uma vaca voando...”
Um dia meu irmão mais novo, que está morando nos EUA, me perguntou por que eu não escrevia um livro;disse ainda que gostava dos meus textos e que seria interessante se eu escrevesse. Respondi a ele que já tinha pensado nisto mas que não sabia como começar. Então ele me disse assim: Começa desta forma, e me mandou este pequeno texto que coloquei ai na introdução.
Li e adorei, então a partir deste comecei a escrever, já tenho alguns textos e pretendo colocá-los aqui.
Quero dividi-los com vocês e gostaria muito que colocassem comentários, preciso da opinião de vocês!
Bjão!

sábado, 21 de agosto de 2010

CD ALMA INQUIETA...








No último mês de Julho, MIGUEL BRASIL lançou seu CD "Alma Inquieta".
E nada melhor para comemorar seus 25 anos de música,realizando este sonho!
Neste CD ele colocou letras e melodias de pessoas com grande sensibilidade musical, como Carlinhos Lima, Rafael Lima, Romeu Lemes, Ari Pinheiro, Bira Anchieta, Rogério Miguel, Maria Ester Vidal e Cristiano Rodrigues, contou ainda com a participação das filhas gêmeas: Camila e Caroline Vieira nas faixas 5 e 9.
Os músicos participantes foram Cristiano Rodrigues, Camila Vieira, Caroline Vieira e Sérgio Rosa.
Quem quiser adquirir um cd entre em contato!
Parabéns!


REVOLUÇÃO FARROUPILHA
A revolução farroupilha explodiu a 19 de setembro de 1835 quando os liberais, depois de inúmeras conspirações, sobretudo dentro das lojas maçônicas, partiram para a deposição do presidente Antônio Fernandes Braga, sustentando que este violava a lei e deveria ser substituído.
Os farroupilhas Gomes Jardim e Onofre Pires desbarataram a Guarda Municipal (núcleo inicial da futura Brigada Militar do Estado) vindos do morro da Glória e Fernandes Braga foge para o porto de Rio Grande, abandonando Porto Alegre. A 20 de setembro Bento Gonçalves da Silva, vindo de Pedras Brancas (Guaíba) entra triunfante na Capital e, na ausência dos três primeiros vice-presidentes, empossa no governo o 4º vice-presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, nomeado Comandante das Armas o Cel. Bento Manoel Ribeiro, homem de personalidade difícil e caprichosa e sem convicção liberal, seguidor de seus próprios interesses, através dos quais se unira aos farroupilhas no início do movimento. Parece bastante evidente, nessa fase, o espírito legalista dos farrapos, empossado na presidência da província na linha da sucessão uma autoridade constituída, quando seria fácil a Bento Gonçalves, por exemplo, assumir todos os poderes.
É o próprio líder farroupilha que consegue com o Rio de Janeiro e a nomeação do novo presidente, o Deputado José Araújo Ribeiro, o qual, assustado com a efervescência de Porto Alegre, resolveu, ao chegar do Rio de Janeiro, empossar-se em Rio Grande... Foi o que bastou para que os farroupilhas mais exaltados lhe retirassem o precário apoio. Bento Manoel Ribeiro troca de lado, voltando a servir o Império e para seu posto é nomeado o Major João Manoel de Lima e Silva e o Dr. Marciano Pereira Ribeiro foi mantido pela Assembléia Provincial como Presidente.
Parece bem claro: não fora a intransigência dos conservadores e do Império a revolução poderia ter findado sem maiores vítimas. Em 02 de outubro, na batalha de Fanfa, os farroupilhas são derrotados. Bento Gonçalves e outros oficiais farroupilhas são presos. Bento é enviado como prisioneiro para o Rio de Janeiro. Lá conhece o italiano Garibaldi que adere ao movimento farroupilha mudando-se para o sul. As forças imperiais, acreditando que a revolta havia sido sufocada, oferecem anistia aos derrotados. Mas Antônio de Souza Netto, agora líder absoluto do movimento, mantém-se rebelado. Em 05 de novembro de 1836, a câmara municipal de Piratini oficializa a proclamação da República Rio-Grandense. Mesmo preso Bento Gonçalves é declarado presidente do novo país, o vice nomeado é José Gomes Jardim, que assume interinamente.
Em 09 de setembro de 1836, ocorre a primeira grande batalha, Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada das forças farroupilhas depois de Bento Gonçalves, vence as tropas imperiais na Batalha do Seival. A vitória sobre os imperiais foi tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos liberais exaltados, toma uma decisão: proclama a República Rio-Grandense, separando o estado gaúcho do Brasil. Estava finalmente declarado o caráter revolucionário do movimento farroupilha. Deve ser considerada Revolução apenas o movimento político-militar que vai de 19 de setembro de 1835 a 11 de setembro de 1836, porque era a revolta de uma província contra o Império do qual fazia parte. A 11 de setembro de 1836 é proclamada a República Rio-Grandense e então já não se pode mais falar em revolução, mas sim em guerra, a luta aberta entre duas potências políticas independentes e soberanas, uma República, de um lado, e um Império, de outro.
Em outubro de 1837, Bento Gonçalves foge da prisão e em 16 de dezembro assume a presidência da República.

Os problemas econômicos das classes dominantes estão entre as principais causas da Revolução Farroupilha.
O Rio Grande do Sul tinha uma economia baseada na criação de gado e vivia, sobretudo, da produção do charque (carne seca). O charque era vendido nas diversas províncias brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e na região nordeste), pois era muito utilizado na alimentação dos escravos.
Os produtores gaúchos, donos de imensas estâncias (fazendas de gado), reclamavam duramente do governo do império contra a concorrência que sofria do Uruguai e da Argentina, países que também produziam e vendiam charque para as províncias brasileiras. Como as impostos de importação eram baixos, os produtos importados pelo Uruguai e da Argentina chegaram a custar menos que a carne do Rio Grande do Sul. A concorrência estava arruinando a economia gaúcha.
Os estancieiros gaúchos queriam que o governo do império protegesse a pecuária do Rio Grande e dificultasse a entrada do charque argentino e uruguaio no Brasil.
Essa mesma elite de grandes estancieiros também brigava com o governo do império por uma maior liberdade administrativa para o Rio Grande do Sul. Faltavam escolas, estradas e pontes no Rio Grande do Sul, evidenciando um total desinteresse do Império com nosso estado.
Entre os principais líderes dos farroupilhas destacaram-se Bento Gonçalves, Antônio de Souza Neto, Davi Canabarro e José Garibaldi, homens de grandes valores e que tinham um sentimento em comum: O amor ao nosso Rio Grande do Sul!


Minha irmã disse-me hoje que quer ter uma velhice digna, sem importar-se tanto com a aparência, disse-me ainda que acredita que as rugas nos remetam a algo, mais sabedoria...fiquei pensando e como sempre vejo que ela tem razão, ela é muito sábia e sempre diz algo que me toca fundo.
Em uma brincadeira um amigo fez um photoshop em uma foto minha, quando olhei a primeira impressão que tive foi de decepção, aquela foto me levou a um tempo muito antigo, quando tinha meu rosto liso, sem sulcos, as sobrancelhas estavam perfeitas a maçã do rosto corada, no pescoço nem uma ruga, rosto mais fino...
Então fiquei pensando: eu já fui assim e muitas coisas passaram-se na minha cabeça, os amores vividos, as paixões, os momentos de adolescência, o meu antigo lar junto com meus pais... Senti um pouco de tristeza ao olhar a foto original e perceber que meu rosto está marcado, a pele envelhecida, as gordurinhas localizadas no pescoço e na face, então um turbilhão de emoções tomou conta do meu coração.
O engraçado que até ontem eu não me enxergava assim, sabia no meu íntimo que já não sou uma menina, mas é como se o tempo tivesse passado tão rápido que não percebi a mudança!
Mudança essa que foi no meu corpo, no meu rosto.
Mostrei as duas fotos para minha irmã e ela me disse que gostava de mim como sou e não aquela “Quenga espichada” da foto... Tive que achar graça das suas palavras, mas vi verdade no que ela disse, e isso é o mais importante!
Envelhecemo-nos sim, mas somente o físico, por que nosso cérebro só rejuvenesce, aumentando conhecimentos de causa, experiência e sabedoria.
Tenho orgulho do que vivi até hoje e do que viverei ainda, foram anos de alegrias, algumas tristezas, sim, quem não passou por dificuldades um dia?
Mas hoje olho pra minha neta e vejo nela a minha semente, o meu futuro, as minhas raízes plantadas.
Não me arrependo de nada do que fiz, e somente posso arrepender-me do que não fiz.
Cada sulco que tenho no meu rosto representa uma emoção vivida, um carinho recebido, uma ofensa e até mesmo as esperanças que tive e tenho de ainda ver um mundo melhor.
Enfim, eles representam a minha alegria de viver!
E quando disse a minha irmã que não estou tão acabada, afinal são 48 anos, ela disse-me que não gosta da palavra “afinal”, porque parece uma justificativa, e sei que é verdade, amo ser quem sou hoje, apesar de todas as coisas que tentei e não consegui, das decepções, dos fracassos, tenho orgulho das marcas que tem o meu rosto, pois cada uma delas traz uma vitória, um dia vivido!
E me sinto muito feliz porque nas duas fotos tem uma coisa em comum... O grão dos olhos, esse sim não mudou, continua com o mesmo brilho... Aliás, hoje brilham muito mais!

Oi gente!

Sempre quis editar em algum lugar minhas "coisinhas", então pensei...um BLOG!
Afinal, por que não aproveitar a tecnologia? Aqui pretendo postar os textos que escrevo, meus arquivos sobre Tradicionalismo, notícias dos eventos que participo e por ai vai!
Espero que vocês meus amigos, gostem do conteúdo.
Bjos e até!